sexta-feira, 10 de julho de 2009

O QUIABO, A ABÓBORA E O SAPO

Mais um dia de trabalho árduo e ao mesmo tempo gratificante para Rosa. Árduo, porque não é fácil passar o dia inteiro dentro de um fusca, enfrentando problemas de toda espécie, grau e número, tendo que resolvê-los para que ao final do dia, tenham sido assistidos alguns agricultores, que com certeza, esperam ansiosamente a visita da agrônoma. Gratificante, porque quase sempre, Rosa consegue resolver os anseios dos agricultores, como indicar uma maneira de exterminar as pragas que destroem suas plantações, fazer uma vistoria na propriedade e dar um laudo favorável para que ele possa receber a outra parcela do dinheiro que o governo emprestou para tornar o seu lote produtivo, conseguir um trator para que seja feita uma aguada para diminuir o sofrimento que a falta de água causa na época da seca. Mais um dia! E nesse dia, a agrônoma vai visitar o lote do Sr. Antônio, para poder liberar a terceira parcela de seu financiamento. Sr. Antônio tinha, mais ou menos, uns 70 anos de idade, estava muito feliz com a visita da agrônoma, porque como a roça dele estava bem cuidada, Rosa, certamente, iria liberar o restante do financiamento e ele poderia fazer mais beneficiamento no seu lote. A felicidade dele era tanta, que fez questão que Rosa adentrasse com ele e percorresse toda área plantada. Ao chegar no meio dessa área toda cultivada de quiabo e abóbora, Rosa percebeu que as folhas da abóbora estavam tão vigorosas e sadias que cobriam todo o solo, inclusive o pé dela. Rosa, também começou a perceber algo estranho! As folhas da abóbora pulavam, pulavam e pulavam. Então, bastante apreensiva, nem prestava mais atenção nas explicações do Sr. Antônio e resolveu questioná-lo: - Sr. Antônio, porque as folhas da abóbora estão pulando? O Sr. Antônio, então respondeu: - Ah doutora, isso aí embaixo está cheio de sapo! Quando o Sr. Antônio acabou de proferir essas palavras, Rosa deu um salto nas costa do pobre senhor, como um macaquinho, e começou a gritar desesperadamente que ele a tirasse de lá imediatamente, pois o pavor que tinha a sapo era maior que qualquer comportamento ético. Claro que todos ficaram rindo, a mulher do Sr. Antônio, os filhos, os vizinhos... O caso foi passando adiante, até que todo município ficou sabendo e sempre que alguém não resistia, uma piadinha saia. Isso foi no ano de 1987! Agrônoma frouxa sofre! Até a próxima História com "H".

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